Gente, eu fui!!
Quem me conhece sabe muito bem sobre minha relação com animais de qualquer tipo, espécime, etc. Simplesmente temos problemas de interação. Mas, mesmo assim, deixei o medo de lado e me embrenhei na mata amazônica, nadei no Rio Solimões, passei os dedos pelo encontro das águas do Rio Negro e vi muitos pássaros, preguiças, etc.
A Amazônia fez parte do nosso Brasil trip, um mochilão pelo Brasil que organizamos para nossas férias e para curtir nosso país com um casal de amigos desta terra fria em que residimos.
Chegamos por Manaus e contratamos uma empresa chamada Amazon Backpackers, que foi a escolhida por oferecer passeios em inglês (lembra que tínhamos um casal de gringos?) e simplesmente não dá para ficar traduzindo nomes que não fazem parte do nosso vocabulário em inglês, além de todos os envolvidos perderem informações. Quando tínhamos algumas dúvidas o guia que falava várias línguas ia nos traduzindo em português.
Nosso guia, o Eduardo, era cria de uma reserva indígena na fronteira do Brasil, filho de uma índia com um holandês e que morou na Bélgica, ou seja estávamos com tudo, tínhamos alguém com inglês, português e neerlandês (não que esta língua me servisse de algo hehehe). Foi muito bom ter o Eduardo conosco, foi um guia maravilhoso e super recomendo o trabalho dele.
Voltando ao tour, escolhemos um pacote chamado Toucan package, que eram dois dias e uma noite em uma acomodação na beira do rio Juma. Chegamos no dia anterior ao passeio, no final da tarde e a empresa nos buscou no aeroporto e nos levou à agência para assinarmos o contrato. NADA foi pago antes de chegarmos lá. Assinamos o contrato e o mesmo motorista nos levou para o hotel, nos deu algumas dicas da cidade e combinamos um horário para o dia seguinte bem cedo para começarmos o programa.
E vamos pra selva!
O tour iniciou bem cedinho e fomos levados de van até o porto de Manaus, onde um barco nos esperava para cruzar até o ponto onde pegaríamos a Transamazônica. Eduardo foi nos explicando sobre o rio que estávamos, sobre o encontro das águas, a temperatura delas e o porquê dos rios Negro e Solimões não se misturarem. Fomos passando devagarzinho e com os dedos nas águas pudemos sentir que a temperatura mudava sim. Gente, foi impressionante!!
Chegando do outro lado do rio pegamos uma Kombi e cruzamos a Transamazônica e confesso me sentir nas aulas de geografia, perdida nos livros com vários elementos que só ouvi falar por lá. Foi lindo. Cruzamos a estrada e novamente paramos em um porto onde um barco nos esperava para nos levar até nossa acomodação no meio da floresta. Esta ficava às margens do Rio Juma, honesta e o principal, quarto com ar condicionado. Sem frescuras, mas não dá para dormir sem ar condicionado quando se acostumou a ter verão com 18 graus. E foi um alívio muito grande ver o bonitinho lá, ligado e o quarto em temperatura aprazível.
A pousada era onde as refeições eram servidas, tinha café da manhã, almoço e janta, tudo fresquinho, tudo com tempero de casa. Se você espera luxo, este não é lugar para você, mas se espera ser bem recepcionado e viver uma experiência bem legal. Vale muito!
Assim que nos alojamos já colocamos nossas roupas de banho, duplicamos a camada de repelente e partimos para o rio. Ficamos horas em uma canoa, vimos muitas espécies de pássaros que nunca tinha ouvido falar, vimos vitórias régias em seus habitat natural e são enormes. Vimos preguiças, macaquinhos, ouvimos macacões, vimos cobras e caimans, piranhas vermelhas e botos.
Um dos passeios é a tal pescaria de piranha, o que para mim foi o maior programa de índio hahahaha Gente, aquele bichinho tem um dente afiado e não sei qual a necessidade de colocar perto de mim, confesso, apavorei. Minha irmã pescou uma e logo devolvemos para o rio. Eduardo nos explicou que era só para conhecer, ninguém ia machucar e inclusive, acho que o anzol era montado só para elas serem fisgadas e não machucarem, pois era bem difícil até para o barqueiro experiente manter ela no anzol.
Agora imagina a cena, a pessoa pesca a piranha, se descontrola e ela cai dentro da canoa. O desespero geral aumenta, a piranha ficou pulando no barco, todos apavoraram e quase o barco virou. Sim, lembrem que estávamos no local onde as piranhas ficavam, né?! Mas, salvaram-se todos.n
Saímos dali e fomos dar um mergulho no rio, em outra parte e sem piranhas. Não sei de onde a coragem veio, sabendo que rio tem cobra, jacaré e havíamos visto o famoso boto vermelho de longe. Claro que a ansiedade foi maior e todos quisemos entrar, mas existia uma condição, o guia ia ter que entrar primeiro e assim foi feito. Ele entrou, todos entramos e rendeu boas fotos, risadas e vídeos que nunca serão postados.
Claro que nem tudo são flores, né. Tem que ter perrengue! Fomos passar no meio de uma matinho que fica no meio do rio, o motor ficou com várias algas presas e foi necessário sacudir de leve o barco para ajudar na remada. Claro que tinha que ter algo naqueles matos, tinham formigas e as danadinhas invadiram o barco. Resultado: MUITAS mordidas. Passei bem sem picadas de mosquitos, mas as formiguinhas inflamaram minhas pernocas e dos amigos. Nada que bastante pomada de polaramine não resolvesse e nos rendeu boas risadas.
O ápice do passeio foi o por do sol no meio do Rio, com apenas árvores e o lindo astro rei. Amo nascer e por de sol. E gente, ver o por do sol na Amazônia é qualquer coisa de lindo.
O fim do passeio foi para conhecermos o caiman de perto, o que não achei nada engraçado, ainda mais quando o barqueiro resolveu afirmar que tinha uma cobra venenosa enrolada na árvore acima da gente. Lembrando que isso o sol já tinha se posto e era noite. MEDO define. Voltamos para casa. Banho, repelente, jantar e dormir!!!
Acordamos bem cedinho para ver o nascer do sol que foi mais bonito que quando ele se pôs. Fizemos trilha na selva (de leve) e voltamos para almoçar que no final do dia ainda voltaríamos para Manaus.
Eu, particularmente, não curto este tipo de programa, mas valeu muito conhecer este pedaço do Brasil que é muito visitado pelos estrangeiros e pouco pelo brasileiro. Valeu vivenciar e estar em lugares que só faziam parte do meu imaginário e dos livros de geografia, conhecer o lugar que reina no folclore brasileiro, mas que para maioria de nós só fica nos livros com histórias.
Amei esse post. Fui para Manaus em 2010 e amei. Me emocionei muito no encontro das águas. Um dos lugares mais impressionantes que ja fui. E entendo porque se chama rain forest hehe. Amei ❤️
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É LINDO, né??? ❤ Muito amor por essas belezas naturais e como a natureza é perfeita.
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Esse nosso Brasil é belo demais não é mesmo? Adorei seu reato e fiquei com mais vontade ainda de conhecer a Amazônia.
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Ahhh certeza! Nosso Brasil é lindo e a tendemos a deixar ele de lado qd viajamos. Próximo passo é o Pantanal!!
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Que lindas fotos!! Nosso Brasil é muito lindo mesmo!!
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E a gente passa a dar muito mais valor quando mora fora. O Brasil é muito luxo!
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Sou louca para conhecer a Amazônia, lendo seus relatos fiquei com mais vontade ainda! Que fotos lindas, adorei!
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Ahhh foi uma viagem linda mesmo, cada paisagem apaixonante!
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Que experiência incrível! Visitar a Amazônia está na minha bucket list e fiquei com mais vontade ainda depois de ler esse post. Concordo com você sobre o pôr/nascer do sol, é um espetáculo da natureza.
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Vale a pena, viu? Mas leva bastante repelente!!!
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